quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Petiscos - Podologia, um pesadelo!

Há pouco tempo soube que existia um profissional denominado podólogo. Ele trata de seus pés, das doenças suscetíveis a eles. Tudo bem até aí, só que não.

Eu sempre tive nervoso que coloquem qualquer coisa no meio dos meus dedos dos pés. Fazer as unhas é sempre um sacrifício, palmas para a minha manicure que tem uma paciência sem igual. Eu não só sinto nervoso, eu dou um pulo e travo todos os dedos. Não me perguntem de onde saiu esse pequeno momento chilique repetido involuntariamente no salão de beleza.

Quando passei no vestibular, minhas irmãs deram o pior trote que eu poderia imaginar. Elas passaram batom vermelho entre os dedos dos meus pés. O pior, ainda não cheguei à conclusão, se foi na hora do batom ou esfregar no banho. Inesquecível esses momentos de terror.

Não tenho nada contra os podólogos até os considero muito por cuidarem de uma parte tão sensível de nosso corpo. Inclusive eu já ouvi uma profissional da área usando uma maquininha igual barulho de dentista. Tortura para mim, que nunca reclamei de dentista, mas nos pés...

Virgínia Pellegrinelli 
30/08/2017


domingo, 27 de agosto de 2017

Petiscos - Por trás das montanhas


Em Minas sabemos muito bem como ficar protegidos em volta de montanhas. Melhor que estar em cima é ser rodeado por elas. Eu assistia a uma série em que uma família se mudou para um vilarejo. A escolha foi feita ao parar no meio da estrada e apenas olhar para baixo e encontrar algumas casinhas. Um lugar de recomeço. Assim como na ficção a realidade é acolhedora numa cidadezinha qualquer.

Tive o privilégio de passar a infância em uma cidade histórica e que quase todo mundo se conhecia. No entanto não era tão pequena assim, hoje se tornou uma cidade universitária, mas que bom não vivi essa realidade. Hoje conto sorrindo que consegui a arte de quase ser atropelada por uma moto em plena ponte. A culpa, no entanto, foi da felicidade de estar rodeada de amigos e não olhar para os lados para ver quem viria. Sinto pena do motorista que me xingou e nem na hora ouvi o que ele disse. Meus amigos estavam lá e me deram a mão.

Sinto que as montanhas nos protegem. As pessoas nos abraçam. Assim, sem mais nem menos, a vida passa leve, muito mais leve. Sempre protegidos pelas montanhas.

Virgínia Pellegrinelli 
27/08/2017

sábado, 26 de agosto de 2017

Sorrisos Quebrados - Sofia Silva - Editora Valentina

Ingredientes: 

1- Abusos; 
2- Tratamento psicológico;
3- Resiliência;
4- Cores;
5- Recomeços.

Modo de fazer: 

Paola mora em uma clínica cercada de terapeutas escondendo de todos as marcas do passado. André frequentemente leva sua filha, Sol, para tratar seus medos e conseguir parar de se esconder do mundo. Sol e Paola se encontram na pintura e começam a colorir a vida ao redor delas. Nesse momento, André e Paola, machucados por um passado escuro, começam a entender que podem recomeçar e tentar buscar a felicidade que pensavam ter encontrado de maneira errônea em outras épocas.

Sofia Silva é portuguesa e escreveu na plataforma online Wattpad uma série chamada Quebrados, grande sucesso! Eu não conhecia o trabalho dela e confesso que comecei a ler o livro com certa resistência. Afinal, o primeiro capítulo é horrorizante mostrando detalhadamente o quanto o homem pode ser um monstro, uma vez que é doente e não reconhece seus problemas. Então ficamos curiosos com as consequências, e um livro que quase fechamos começa a passar as página praticamente sozinho.

A história é forte, muitas vezes eu tive que parar para "tomar um ar", parecendo que Paola e André eram grandes amigos meus. Aos poucos os dois se conhecem e quanto mais quebrados, mais nos apaixonamos por eles. A Sol, nem consigo falar, uma pequena guerreira que os une, e juntos, os três recomeçam uma vida de superação e auto-conhecimento.

Eu amei a história que me surpreendeu em todos os sentidos. Sofia Silva estará no Brasil, na Bienal do Livro no Rio de Janeiro, e não percam a oportunidade de ter um "livro - tesouro" nas mãos! Muito melhor que pegar um livro que sempre quis ler, é ser surpreendido por uma história que aos poucos te envolve e você não quer parar de ler para saber qual o ponto final.

Fico por aqui ainda imaginando a continuação da história que ainda se passa nas minhas memórias...


domingo, 20 de agosto de 2017

Petiscos - Olhar de gato



Imagine-se andando à noite em um lugar muito mal iluminado e de repente dois pequenos faróis olham para você. Foi assim numa noite qualquer que eu percebi que olho de gato brilha no escuro. Desculpem-me os admiradores do bichano mas desde então não tenho medo somente de gato preto e sim de qualquer um.

Lembro-me da cena de um filme do Batman em que mostra como surgiu a Mulher-Gato. Na minha opinião uma das piores cenas que vi na minha vida. Ou ainda na série Charmed quando a gatinha das três irmãs bruxas aparece em forma de gente. Aí que desespero, imagina aquela coisinha se personalizar como a McGonagall m Hogwarts. De Harry Potter prefiro nem mencionar, porque até Hermione se rendeu...

Por fim desse relato de medo e temor, preciso perguntar, já ouviram esse bicho chorar? A primeira vez que ouvi fiquei tendo pesadelos depois porque parecia uma criança sendo maltratada. Além deles amarem se pendurar em janelas e sabe-se lá do que mais...

Àqueles que dizem que gato tem sete vidas não sabem o terror que em uma vida aqueles faroizinhos podem fazer, mesmo de longe sem nunca ter havido uma pequena aproximação sequer.

Virgínia Pellegrinelli 
20/08/2017

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Pitulu - Beatriz Myrrha

Ingredientes: 

1- Criação;
2- Poesia;
3- Canção;
4- Família.

Modo de fazer: 

Em uma época bem distante onde as palavras não existiam, um casal dá à luz a um menininho. Pitulu faz de sua vida um poema e traz a música ao mundo de maneira singela. 

Beatriz Myrrha é professora e contadora de histórias. Eu a conheço de Bienais e Salões de Livro em que ela canta conto encantando a todos. Ela tem um jeito especial para atrair a atenção das crianças pequenas e das maiores também. 

A ilustração do livro é do professor Léo Maciel que dá luz às cores em gravuras únicas e vivas. Eu não conhecia o seu trabalho mas digo com louvor: foi uma bela dupla!

Palmas novamente para a Editora Aletria que mais uma vez se superou. Eu estava no Salão do Livro, que está acontecendo até o dia 20 de agosto no Parque Municipal, em BH, e me deparei com o stand da Editora e com a Beatriz ali, com o livro na mão, pronta para dar um autógrafo.

É difícil falar de um livro tão rico ambientado no universo infantil, ou mesmo dos maiorezinhos. Uma brincadeira de palavras que dá um toque musical na nossa vida monótona.

Vale muito a pena conferir!

terça-feira, 15 de agosto de 2017

#Tag1 - Chocolate Literário


Nossa primeira TAG eu encontrei no blog Amanhecer Literário. Como não precisa esclarecer, o tema tem TUDO a ver com as nossas receitas. Assim sendo, vamos relacionar um chocolate a um livro. Deliciosamente divertido. Vamos lá: 

1- Chocolate meio-amargo: um livro que cobre um tópico obscuro:
Segredos de Família - Cláudia Matos. É um livro lindo e impressionante com um tema abusivo. A autora relata sua própria história e drama familiar contando a superação através do perdão e da Palavra verdadeira. Uma bonita lição de vida!
Resenha

2- Chocolate branco: um livro leve e bem-humorado:
Tudo por um Pop Star - Thalita Rebouças. Nesse livro três amigas de Resende resolvem ir a um show de sua banda favorita. A maneira de escrever da Thalita sempre me fascinou. Leve, dinâmica e uma linguagem simples que os adolescentes amam!
Resenha

3- Chocolate ao leite: um livro que virou moda e você está morrendo de vontade de ler:
A série "Fazendo meu filme" da Paula Pimenta. Protagonizado por Fani, a menina precisa decidir entre seus amigos, seu novo amor e uma viagem a intercâmbio com novas possibilidades. Sei que a série é um sucesso entre os adolescentes e ainda não tive oportunidade de ler nenhum.

4- Chocolate com caramelo: um livro que te fez sentir toda melosa durante a leitura:
Ônix - Jennifer L. Armentrout. Foi minha última leitura e eu torci tanto pelo casal que quase entrei no livro para pedir aos dois que parassem de frescuras. Um amor que ao mesmo tempo é perigoso mas também avassalador.
Resenha

5- Chocolate com wafer: um livro que te surpreendeu ultimamente:
Sonata em Punk Rock - Babi Dewet. Esse livro eu comecei a ler pensando que seria mais um romancezinho de adolescente. No entanto, é envolvente e traz música, emoção e eterniza os personagens em nossa memória.
Resenha

6- Chocolate com amendoim: um livro que está te fazendo surtar:
Sissi, A Imperatriz Solitária - Alisson Pataki. A verdadeira história da imperatriz áustro-húngara nos faz perder o fôlego. Uma pessoa solitária e que tem tudo. Ela foi infeliz mas fiel a seus princípios. Um drama fora de série da mulher mais linda que existiu na época.
Resenha

7- Chocolate quente: um livro que te conforta:
Pollyanna - Heleanor H. Porter. Um livro que eu leio e releio sem nunca me cansar. Amo o Jogo do Contente que a menina e o pai inventam, porém nunca consegui jogar. É um clássico e eternizado de geração em geração.
Resenha

8- Caixa de chocolates: uma série bem variada para agradar pessoas de vários gostos:
O Protetorado da Sombrinha - Gail Carriger. Eu já li três livros dessa série que fala de vampiros, lobisomens, humanos e preternatural. São tantos seres em uma história inteligente e interessante. O próximo livro já está na fila das minhas leituras. São aquelas histórias que você não quer que acabe e quando chega ao fim, fica imaginando cenas. Muito bacana!

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Ônix - Série Lux - Jennifer L. Armentrout - Editora Valentina


Ingredientes: 

1- Poderes e treinamento; 
2- Espionagem e traição;
3- Romance; 
4- Mistério e investigação.

Modo de fazer: 

O segundo livro da série Lux é de tirar o fôlego. Katy e Daemon descobrem que estão mais conectados que nunca. A moça deixa de ser uma adolescente comum que gosta de livros e se vê em treinamento para controlar algo desconhecido até então. Um relacionamento que fica mais forte entre um alien e uma humana nem tão comum por assim dizer.

O casal se vê rodeado de pessoas que não se mostraram claramente como amigos ou inimigos. A traição, por assim dizer, é algo inerente em uma batalha de sobrevivência. Muitos segredos são revelados e uma busca frenética a um passado, há pouco perdido, pode transformar a vida de todos.

Eu só posso falar que me encantei mais ainda pelo carinho mútuo dos irmãos Daemon e Dee. Os vizinhos entendem os dramas e questionamentos de Katy, mesmo Dee sendo deixada de lado, ela respeita e torce por um relacionamento quase impossível do casal. Sem contar que o final é de tirar o fôlego. Eu quase saí pulando e rindo como a mocinha alien, mas nunca se sabe o que é bom ou ruim.

Em breve teremos resenha da continuação. Afinal, essa história não para por aqui, e muitas questões ainda estão por resolver.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Sobremesa - Até o último homem


Ingredientes: 

1- "Não matarás";
2- Medicina;
3- Guerra;
4- Fé e princípios;
5- Relação pai/filho.

Modo de fazer:

Desmont T. Doss é um soldado americano que se alistou para lutar na Segunda Guerra Mundial e se recusou a pegar em armas. Ele serviu como médico durante a batalha de Okunawa salvando companheiros feridos em batalha.

Uma história verídica de um filho com problemas de relacionamento com o pai mas que nem por isso deixou de respeitá-lo. Ambos se entendem, ao longo do filme, tendo em vista a forte emoção que é perder amigos companheiros de Guerra. 

Doss, além de tudo, é Adventista do Sétimo Dia e leva consigo a fé, a Bíblia e a oração como armas. Em um lugar onde a morte é regra, salvar vidas se torna um prêmio. Como o próprio dizia: "Deus, me ajude a trazer mais um". Ele resgatou colegas que o desprezaram e fizeram de tudo para ele desistir da loucura de ir a uma guerra sem arma.

Emocionante e surpreendente história que nos traz belíssimas lições de vida. Claro que há cenas fortes de batalha, sangue e morte. Porém, nada apaga o brilho da mensagem de fé e esperança desse soldado da paz.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Petiscos - Da janela


Quem nunca dormiu, num dia qualquer, com a janela aberta e o vento brincando com seus cabelos? Nesse fim de semana eu fiz isso, na parte da tarde, abraçada a um cobertor. Parecia algo de louco, vento proposital entrando e o aconchego do cobertor esquentando.

Nesse momento eu prestei atenção no vento que batia em meu rosto e me lembrei do frio da minha terra de infância. Foi engraçado praticamente sentir o cheiro de liberdade e o inocente prazer de correr ao ar livre. Posso dizer que até um sorriso apareceu. Aquele tempo sem preocupações onde fugir do frio era legal e não uma obrigação.

Fiquei pensando e sonhando acordada. Quem nos dera poder, pelo menos alguns segundos, reviver emoções fortes e ao mesmo tempo delicadas. Que venham mais cochilos, no quarto, com a janela aberta.

Virginia Pellegrinelli 
09/08/2017

domingo, 6 de agosto de 2017

Brunch - Jesus - Nome sobre todo nome - Joyce Meyer


Recebi de presente de uma colega e amiga o segundo livro que li da Joyce Meyer. Eu a admiro muito e assisto em algumas ocasiões suas pregações, Desfrutando a Vida Diária, no YouTube. Essa missionária escreveu o livro sobre o nome de Jesus de forma simples, tocante e repleta de passagens bíblicas.

O sinônimo do nome Jesus é Senhor, Salvador, a Palavra, Cordeiro de Deus, Pão da Vida, Senhor dos senhores e Rei dos reis. Uma forte e poderosa arma que temos em mãos e que poucos compreendem como usar. Em seu nome podemos fazer maravilhas sob a autoridade que Ele nos deu. Não raro, por assim dizer, expressões são usadas corriqueiramente como um "Aí Jesus, estou morrendo de fome" ou "Aí meu Jesus, me dê paciência"... expressões que teriam todo o poder se usadas de forma correta.

O livro é lindo e em uma "assentada" pode-se ler como uma verdadeira oração. Joyce escreve e dá exemplos tão suaves que acredito que todos deveriam tirar uma hora para conhecer essa Palavra. Ganhar um livro desses, sem nenhum dia comemorativo ou ocasião especial é uma prova de carinho e amizade.

Leiam! Presenteiam a quem amam! Sejam luz nesses tempos tão conflituosos.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Petiscos - Drs. da Alegria


Eu nunca me imaginei trabalhando em um hospital. Talvez seja pelo fato da luz branca ser tão presente e o cheiro muito marcante. Quando pequena passei alguns momentos por esses corredores e essas foram as lembranças que tenho. Além de tudo, para mim, todos os hospitais são iguais, não importa se eu vou visitar um bebê que nasceu ou alguém que sofreu um acidente. Na verdade, prefiro nem ir, mas algumas vezes são inevitáveis.

Porém, admiro muito os Doutores da Alegria e todas as instituições que voluntariamente trabalham para melhorar o ambiente hospitalar. Eu já cantei, uma vez, com o coral da igreja, dentro de um hospital. Eu mesma saí tocada pelos sorrisos que recebemos. São pequenos momentos que se transformam em esperança e guardam a mágica do momento.

Se tivermos doutores trazendo paz e felicidade por aí; se tivermos pacientes sorrindo e pedindo um abraço; se profissionais tratarem com amor o outro ser humano; então sim, a minha repulsa pelo lugar se transformaará em admiração naqueles que lutam pela vida.

Sejamos mais sorrisos e menos lágrimas.

Virgínia Pellegrinelli 
03/08/2017