domingo, 28 de maio de 2017

Petiscos - Séries antigas (contém um Spoiler de Charmed)


Salve, salve, Netflix! O grande achado para quem gosta de séries. Algumas novas, como "Jessica Jones", "Girlboss" ou " 13 reasons why"; outras eternamente prestigiadas, como "House", "Friends" ou "Grey's Anatomy". Um leque de opções que levam pessoas a virarem à noite assistindo a temporada de uma só vez. Esse feito não é comigo, simplesmente porque quero que a história dure por mais tempo.

No entanto, há séries que deixaram saudades e eu nunca consegui achar, pelo menos ainda. A imagem desse post é de "Johan of Arcadia", a série da menina que conversava com Deus; que juntamente com "7th heaven" eram minhas séries cristãs. Houve algumas, duas para ser mais exata, que eu comecei a assistir nas últimas temporadas e me recusei a ver o episódio final de tanta raiva por não ter aproveitado desde o início, são "Dawso's Creek" e "Bufy, a caça vampiros".

Uma em especial me vem à mente. Era viciada em "Charmed" e queria muito ter o poder da Prue, mover tudo só com o agitar da mão. Porém a personagem morreu e eu pensei que ficaria sem assistir. Que nada, ainda acompanhei até o derradeiro final. Uma vez, minha irmã e eu batemos o recorde de tempo no supermercado, apenas cinco minutos, correndo literalmente para não perder o episódio da vez, ainda bem que era inédito.

Saudades da ansiedade de uma vez por semana continuar a história. Pior era o tanto de repetição e o intervalo entre uma temporada e outra. Ainda bem que os Spoilers naquela época eram difíceis de encontrarem, assim, a emoção durava mais. Muitas vezes uma hora parecia interminável para quem jamais desejou um ponto final para personagens queridos.

Virgínia Pellegrinelli 
28/05/2017

sexta-feira, 26 de maio de 2017

O livro de Ouro das Coisa sem Graça - Luciana Abdo




Ingredientes:

1- Poesia;
2- Humor;
3- Intertextualidade.

Modo de fazer:

Um livro cheio de humor e que provoca o leitor nas intertextualidades da linguagem poética. São algumas histórias, poemas e, por que não, frases que levam a uma crítica sobre o mundo como um todo. A linguagem mistura rebuscamento e simplicidade, tornando os textos únicos. As histórias são pequenas e a leitura flui super suave. Eu me peguei rindo e praticamente conversando com a autora. Em certo momento ela lança uma palavra e nos manda olhar o Google, foi o que fiz. Muito persuasiva.

Luciana Abdo eu conheço faz tempo, amiga de minha irmã. Ela surpreendeu a "menina dos livros" com esse presente. Fica aqui divulgado o meu pedido de um segundo livro. Desejo que em suas viagens poéticas e literais por esse mundo à fora, encontre mais inspiração para nos presentear novamente.

Eu indico esse livro que foi publicado pela Impressões de Minas, o lugar mais legal do mundo para se publicar! Ainda bem que algumas pessoas aceitam o desafio.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Petiscos - Dor de cabeça

- Dor de cabeça é psicológico!

Quantas vezes escutamos isso? No meu caso, aí que a cabeça quer explodir. Nervosismo e dor não combinam, mas sempre tem um pentelho para irritar. A tal da Neusa, praticamente o remédio mais íntimo dos coitados que sofrem fisicamente desse mal, às vezes irrita! Poxa, o efeito do remédio deveria ser estantâneo!

Há diversas descrições: dor acima do nariz; em toda a testa; na cabeça inteira; um martelo que não para; algo no côco da cabeça que vai até os ombros;... Seja qual for sua escolha, pior que tentar trabalhar ou estudar, é dormir com a danada. Fechar os olhos sem tudo estar 100% é pedir para chorar, literalmente!

Entre dor de cabeça psicológica (chamada preocupação ou ansiedade); dor dos diversos sintomas descritos acima e enxaqueca, o melhor é viver para ver. A medicina tenta prevenir, como grau de visão; não assistir TV até tarde, levar a vida mais leve...

Quem nunca sentiu umazinha dor de cabeça que atire a primeira pedra!

Virgínia Pellegrinelli 
24/05/2017

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Brunch - 13 Reasons Why



Hannah Baker se suicidou. Ela deixou fitas contando 13 razões que a levaram a tomar essa atitude. Com a narração dela e o ponto de vista de Clay Jasen, um dos ouvintes, entendemos a dor e o drama que a narradora passa. Há uma lista de pessoas que deveriam ter tomado qualquer atitude para impedí-la de ter o final que teve e eles não o fizeram. Clay escuta as fitas sem saber o motivo de sua inclusão na lista, mas após a revelação do motivo uma reviravolta se dá na história.

Esse enredo é estranho e constrangedor. Ele é um livro que virou série em 13 episódios no Netflix, prometendo uma segunda temporada já confirmada. Eu assisti à série e ela simplesmente me surpreendeu. Não só porque a história é muito real e o foco não é o suicídio e sim o buylling nas escolas. Também o elenco, que é impagável, nos faz entender, apenas pelos olhares e expressões, todo o sentimento da história. Eu não conhecia a Katherine Langford, atriz intérprete de Hannah, e estou para dizer que é uma das melhores atrizes que eu já vi atuando.

A história começa com um pequeno boato, em que ninguém procurou saber se era verídico, e disso foi criado uma bola de neve que culminou no dramático final. A pergunta que fica é como ninguém percebeu que Hannah estava sendo fuzilada por emoções que a destruíam moral e fisicamente. A crítica também não é só aos colegas, mas também à escola e aos pais que não escutaram os seus tímidos pedidos de socorro.

Sendo uma cristã acredito que cabe apenas a Deus decidir quando e como uma pessoa deve morrer. Mesmos sabendo do desfecho da história, porque nos segundos iniciais Hannah já fala da sua decisão nas fitas, eu achei a história muito boa! Nada justifica se matar, porém em uma época que existe o jogo Baleia Azul seria hipocrisia não dar atenção a essa história fictícia porém muito real.

Repito que não li o livro e assumo que não entendia o porquê de uma segunda temporada da série. Hoje já estou pedindo para o tempo passar rápido para saber os desfechos que ficaram no ar. Informo que a série tem cenas fortes e se a pessoa estiver passando por problemas deve assistir com um acompanhamento maior.

Criticados por mostrar cenas de violência sexual e também passar nos mínimos detalhes o suicídio de Hannah, a produção, que conta com a presença de Selena Gomez, afirma que o objetivo era esse mesmo, chocar! Mostrar a cena mais real possível.

Eu entendo que algumas pessoas não queiram ver. Porém enxergar ao redor o que se passa com um colega que convive diariamente deveria ser o papel de todo cristão. Há muitas ocasiões que nós nos reconhecemos e é por isso que eu indico a série sem peso consciência.

Há 13 razões para Hannah se matar e no entanto ela teria 13 razões para continuar, mas todas as oportunidades levaram um ser humano com emoções e razões ao extremo a dizer não para a vida. Não assistam ou leiam com a visão da Hannah e sim como o Clay que foi o único que entendeu o motivo para as fitas terem sido deixadas e lutará para que a memória da amiga não seja em vão.

Cenas fortes, Cruéis. Porém, infelizmente reais. Assistam! Repensem nas conseqüências de  buyllig...

sábado, 20 de maio de 2017

Petiscos - Revisão de Redação



Durante um tempo trabalhei como corretora free lance da escola em que estudei. Minha mãe me acompanhava uma vez que nós duas temos a mesma formação. A grande diferença entre nós era que eu era boazinha demais e cansava de dar notas altas; e ela detalhista demais sendo difícil atribuir uma nota..., seja como for, uma ajudava a outra num meio termo que definíamos.

Geralmente trabalhávamos à noite. Certa vez morri de medo ao saber que a minha tartaruga dava gritos. E pior, era alto e ficava tenebroso no silêncio da noite. Tirando os inconvenientes barulhos eu não sou noturna, mas gostava de corrigir ao lado da minha mãe. Logo, eu corrigia um certo número e tinha que levantar, comer, às vezes cochilar. No final dava tudo certo.

Muitas redações ficaram na lembrança por serem um sucesso total. Outras, um fiasco deplorável. Que bom que esse tempo de dar notas acabou e hoje leio apenas para distrair mesmo. Não quero ficar caçando erros e sim lendo nas entrelinhas.

Virgínia Pellegrinelli 
20/05/2017

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Petiscos - Para que guardar cartas?


Um dia desses resolvi fazer uma faxina nas minhas gavetas. Foi um festival de cartões e cartas antigas que até deu vontade de reler. Umas eram saudosas de pessoas queridas, outras nem tanto. A maioria foi para o lixo.

Eu me lembro que quando li "Memórias Póstumas de Bás Cubas", de Machado de Assis, ele falava que os jovens devem guardar suas cartas da juventude. Hoje me pergunto por que. Reviver uma amizade esquecida? Caso queira manter contato, no mundo de hoje, é só adicionar nos sites de relacionamentos, não precisa acumular papéis que quase nunca ou jamais terá tempo de ler.

Entre ranzinza e casmurrice, dei uma limpa no meu armário. Hoje tem espaço para mais cartas e recados. Como um bom ser humano guardarei todas para mais tarde fazer a arrumação que alivia o coração.

Triste verdade mas inspiradora realidade.

Virgínia Pellegrinelli 
17/05/2017

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Sobremesa - Deus não está morto - 2

Ingredientes:

1- Aula de história;
2- Julgamento;
3- Direito de se expressar; 
4- Estado X Igreja.

Modo de fazer:

Grace Wesley é uma professora de história e também cristã que foi supreendida por uma pergunta sobre Jesus em sala de aula e ela respondeu citando a Bíblia. O conselho escolar achou ofensivo e contrário às regras da escola de não misturar religião com o ensino. Grace enfrenta um julgamento onde seu advogado luta para não só inocentá-la como também para provar que Deus não está morto.

Terminei o filme na dúvida de qual é o melhor, o primeiro ou o segundo filmes. O primeiro já temos resenha por aqui. Neste, a fé da professora é testada em sua carreira e também no tribunal. Em suas palavras, ela prefere ser julgada pelo mundo e estar ao lado de Deus a ficar com o mundo e ser julgada por Deus.

Essa segunda história diz também como os jovens são silenciados. A aluna, Broke, que faz a pergunta, especialmente porque é uma recém convertida, fica terminantemente proibida de conversar com a professora. Ela é silenciada pela escola, pela família mas a Justiça lhe dá a voz.

Algumas histórias secundárias e não menos importantes fazem desse filme um espetáculo inesquecível. Muito bom!!!

sábado, 13 de maio de 2017

Petiscos - E tudo ficou colorido!


Quando tinha seis anos comecei a usar um óculos fraquinho, mas era tão insignificante o grau que até esquecia de colocar. Uma vez fui para a escola sem e meu pai teve levá-lo para mim. Na época foi uma armação de gatinho que minha inventou que era lindo. Se estava na moda, era bonito, ou seja lá o que for, deixei de usar.

O tempo passou e, com os estudos intensos, chegou o temível vestibular. O terceiro ano era integrado e as aulas da tarde num grande auditório. Percebi que ficar muito atrás era um desastre, não conseguia decifrar as letras dos professores, que para mim eram piores que letra de médico.

Fui por desencargo de consciência num oftalmologista. Resultado, quase um grau de miopia. O melhor de tudo foi redefinir as cores. Nada mais estava embaçado. Podia até assentar na turma do fundão!

Como se fosse possível trocar num estalar de dedos seu grupo de amigos...

Virgínia Pellegrinelli 
13/05/2017 

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Petiscos - Medo! Medo! Medo!


Muitas vezes me pergunto se medo é uma prévia do pânico, ou se este explica literalmente o outro. Um sentimento tão forte e algumas vezes inexplicável. Um grande medo que tenho são de ondas do mar. Desde pequena minha mãe ficava falando que a água é traiçoeira e a onda poderia me puxar para o fundo.

Sempre fui e ainda sou uma menina que escuta muito a mãe e que não sabe nadar, é melhor evitar, né?! Sendo assim, sou uma das poucas pessoas que não gosta de praia. Tá bom, se eu ganhar uma viagem para um lugar paradisíaco, prometo ir, molhar os pés e, se caso as ondas forem mínimas ou inexistentes, entrar no mar até onde sintir que os pés estão pisando em lugar seguro.

Mas também não é tortura ficar perto do oceano. Gosto de água de côco, não muito, mas o suficiente para não desidratar; ando feliz da vida em pequenas caminhadas, mas não posso olhar para água porque sinto tontura; por fim, apesar de peixe não ser o meu forte, sempre tem restaurantes à beira-mar onde me delicio.

Entre a nervosia da areia pregando o meu corpo e o sol quente praticamente me fritando, no final de tudo, é revigorante uma ducha de água fria.

Férias, para que te quero? Bom, se tiver praia, beleza! Mas fico com o frio, por favor!

Virgínia Pellegrinelli 
12/05/2017

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Sobremesa - Os Corajosos



 Ingredientes:

1- Policiais;
2- Família;
3- Contrato;
4- Paternidade.

Modo de fazer: 

Cinco homens e um prósito, serem líderes, pais, protetores e provedores da família. Seguindo a metáfora de que não se deve soltar o volante para proteger o filho... Há o pai religioso; o pai que falha porque só pensa em si, o pai ausente; o pai que sustenta sozinho a casa; e o pai que ao perder uma filha descobre que deve agradecer pelo tempo que passou com ela e não culpar a Deus.

Em todas as histórias há em comum um contrato assinado por todos. Eles, cada um do seu jeito, se aproximam dos filhos amando-os assim como o aumento da fé. Serem pais como aquEle que nos amou tanto que permitiu que seu primeiro filho morresse pelos pecados de todos os outros.

Um filme que nos leva a lágrimas e ao mesmo tempo nos ensina mais que as entrelinhas. Acho que todos os homens, principalmente os cristãos, devem assistir a este filme.


domingo, 7 de maio de 2017

Petiscos - Hora do recreio


As lembranças mais agradáveis e os dramas mais chorosos que tenho são da hora do recreio. Era não só um momento de comunhão e DRs como era a nossa forma de se relacionar. Fora trabalhos escolares e alguns aniversários, não havia momento para se encontrar fora da escola. Tudo isso, claro, na época do Primário, em que as professoras ainda eram "tias".

As brincadeiras de roda, os jogos de amarelinha, os campeonatos de queimada, tudo me traz na lembrança motivos para sorrir. Quando eu estava inspirada era sempre uma das melhores, em especial no jogo de amarelinha. Na época era uma espécie de esporte alternativo. Chegar ao céu era o nosso objetivo!

Porém me lembro de alguns dramas. Estava revendo as amizades antigas no facebook e me topei com um rosto conhecido de alguém que ficou bem chateada comigo. Estávamos na época brincando de pique-pega. Nós tínhamos mania de fazer uma corrente, tipo, alguém segurava no pique e dávamos as mãos até ficar fácil correr para o outro lado. Num desses momentos puxei a pulseira da minha colega  e ela arrebentou. Um desastre simplesmente aconteceu! Eu não entendi o poruqê da fúria da outra e do choro descontrolado dela. Ela me pediu uma pulseira nova, mas não me cobrou, e só hoje lembro que não paguei.

Entre momentos heróicos e culposos ainda daria tudo para que os meus relacionamentos fossem resumidos ao momento do recreio.

Virgínia Pellegrinelli
07/05/2017

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Passarinha - Kathryn Eykine - Editora Valentina


Ingredientes: 

1- Síndrome de Asperger;
2- "Matar Passarinho;
3- "O Dia Em Que Nossa Vida Desmoronou";
4- Escoteiro Águia;
5- Desfecho.

Modo de fazer: 

Caitlin é uma doce menina que tem a Síndrome de Asperger. Ela e seu pai tentam superar a perda do irmão mais velho dela, Devon, que foi assassinado em sua escola. Caitlin tinha uma profunda amizade com o irmão que estava fazendo o projeto de um armário para se tornar Escoteiro Águia. No dia em a vida desmoronou a família se resumiu em um pai entristecido e em uma menina que via o mundo em preto e branco. Ambos tentam encontrar um desfecho para superar a dor e ficar apenas com a saudade. Assim como o filme "Matar Passarinho", o preferido das crianças, os personagens descobrem-se e procuram se relacionar da melhor maneira.

O livro foi baseado no massacre de trinta e três pessoas na Virgínia Tech University, em Blacksburg, Virgínia, em 16 de abril de 2007. Um único atirador acabou com uma sociedade escolar em um dia tenebroso. Superar uma história dessas sob o olhar de uma garota que enxerga a vida de uma maneira diferente é simplesmente um convite para repensar em nossas vidas.

O livro trabalha não só a relação familiar como também o papel de orientação da escola. Um lugar em que a diversidade reina e os relacionamentos devem ser trabalhados, contornados e claro, coloridos.

Muito lindo o livro! Recomendo a todos! Lição de vida!

terça-feira, 2 de maio de 2017

Petiscos - Hakuna Matata


Na minha infância morríamos de rir de Mary Poppins que nos ensinou a palavra mais difícil em inglês: Supercalifragilisticexpialidocious. Uma palavra diferente e que todo mundo não só fala como desafia o outro a falar bem rápido! 

Algum tempo depois, a Disney lançou o famoso: Hakuna Matata, uma palavra diferente que nada significava mas tudo quer dizer. Na verdade, segundo os personagens, significa esquecer os problemas!

Entre risos e palavras esquisitas a brincadeira se estende de geração em geração eternizando palavras que até o dicionário duvida!

Virgínia Pellegrinelli 
02/05/2017