sábado, 4 de fevereiro de 2017

Petiscos - Malas não, por favor!


Gostar de viajar é muito fácil. Conhecer lugares e culturas diferentes. Comer comidas gostosas e ser paparicado em um hotel. Porque temos que reconhecer, quer coisa melhor que hotel? A educação da recepção, as camas que magicamente são arrumadas, as refeições bem servidas, os serviços de quarto e incontáveis benefícios que me fariam ficar, tipo um ano, hospedada sem exigir estrela nenhuma.

Mas, e sempre tem um mas, há algo que eu não suporto em viagem: malas! Resumir seu armário num pequeno bauzinho é terrivelmente irritante. E o não misturar roupa suja da roupa limpa? Eu aprendi em física que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, roupas limpas e sujas não deveriam se misturar. Aí vem os benditos saquinhos que se enchem de ar se transformando em verdadeiras bolas, ocupando, claro, o triplo do espaço que deveria caber.

Mas não para por aí, porque na volta tem sempre as lembrancinhas das pessoas que jamais, em tempo algum, pode-se esquecer. Aí aquele espaço que já foi reduzido deve se multiplicar, contrariando todo o raciocínio lógico porque caso contrário você fica como a mal educada que se esqueceu do amigo querido.

Ufa! Só de pensar eu já suo. Amo viajar mas definitivamente não gosto de mala. Que ainda tem peso determinado, você mesma deve carregar, porque o cavalheirismo bateu as botas faz tempo. Ah, mas se tiver ajuda não se engane, você terá que dar uma gorjeta para o cara de pau, isso se ele não te roubar.

Que essas malas um dia se tornem a pequena bolsa da Hermione, do Herry Potter, em que o mundo cabe lá dentro e você pode levar equilibrando no seu dedinho. Ah, eu queria tanto um pouquinho de magia!

Virgínia Pellegrinelli 

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